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Serra da Capivara





Olá Queridos,

Estava aqui, organizando algumas imagens no computador e encontrei essas fotos e alguns registros de minhas viagens, então pensei em compartilhar com vocês. Se trata de uma, excelente, aventura que fiz na Serra da Capivara, São Raimundo Nonato – Piauí, em 2009.



A viagem foi uma expedição científica, com a turma da faculdade, eu ainda cursava Licenciatura em Matemática. Estávamos desenvolvendo uma pesquisa para a disciplina História da Matemática, então, nossa brilhante professora Ana Lúcia nos lançou a proposta de conhecermos o PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA, com a finalidade de verificar e entender um pouco mais sobre a história da nossa evolução, como ser pensante, e de como se deu o desenvolvimento do conhecimento humano e a forma de como os homens do período pré-histórico faziam seus registros a fim de deixar, talvez, instruções para seus descendentes. 

A viagem foi muito produtiva, pudemos conhecer de perto uma linguagem de comunicação e registros matemáticos (grafismos rupestres) construídos por códigos, símbolos e representações muito intuitivas, que fazem todo sentido para o contexto histórico.


A região conta com mais de 700 sítios arqueológicos, dos quais, 170 estão abertos para a visitação.

Se deseja uma aventura real pela história da humanidade, esta é minha dica!

Onde ficamos?

Ficamos hospedados no Hotel Serra da Capivara, (Rodovia PI-140, s/nº - Sta. Luzia, Tel. (89) 3582-1389 ou (89) 3582-1760) um lugar bem legal e acolhedor, fomos muito bem recebidos. No próprio hotel contratamos dois guias para nos conduzir pelas trilhas do parque e que, também, nos levaram até o MUSEU DO HOMEM AMERICANO (a menos de 5 km do hotel), e por sinal, um exemplo de museu, cheio de tecnologia e conhecimento. Surpreendente!

Preço: É necessário contratar um guia e custa em média R$ 75 para um grupo de 8 (oito) pessoas.




Sobre o Museu...

Crânios, ossadas, pedras lascadas, projéteis e outros objetos como ferramentas e urnas funerárias podem ser vistos de perto. Os vestígios mais antigos têm, aproximadamente, 100 mil anos de idade.
Reserve uma visita a esse complexo de conhecimento. Museu do Homem Americano, Centro Cultural Sérgio Motta, s/nº. Campestre. Tel. (89) 3582-1612.



Sobre o Parque...

É surpreendente imaginar que essas pinturas foram feitas há milhares de anos, e o quanto a natureza foi magnífica ao mantê-las conservadas. Podemos dizer que se trata de um verdadeiro museu a céu aberto, com os paredões das pedras no lugar das telas e como o carvão e os minerais, como a hematita e o óxido de manganês, foram usados no lugar das tintas. 



Preço: A entrada no parque custa R$ 10 por pessoa. Meia entrada para estudantes e idosos.

Observação: Os valores citados estão atualizados, até a presente data.





Como chegar?

Caso você não more na região nordeste do país e deseja chegar de avião é preciso desembarcar no Aeroporto de Petrolina Senador Nilo Coelho (PNZ). Seguindo de carro são aproximadamente 300 km, pela BR-235 de Petrolina até Remanso e depois pela BR-324 de Remanso até chegar a São Raimundo Nonato. (Ver mapa abaixo!) Lembre-se de que um veículo é indispensável, para algumas trilhas mais distantes. 

Aeroporto de Petrolina Senador Nilo Coelho


Veja agora, um pouco do que você pode encontrar...

Esse belos paredões escondem histórias, um tanto ou quanto, curiosas!!!

Entrada do Parque Nacional Serra da Capivara

Boqueirão da Pedra Furada 




Crânio Zuzu - Esqueleto de 9920 anos.
Crânio masculino, oval e alongado, tipo africano. 




Numa gruta, foram encontrados três corpos, um de uma criança e dois de adultos. A datação obtida para a criança foi de 980 anos. Até hoje não foi possível datar os adultos.


Com o advento da cerâmica, uma nova modalidade de enterramento foi praticada: o defunto era colocado num pote de argila, que hoje conhecemos por urna funerária.



Em alguns caso, os ossos eram arrumados nos potes cerâmicos, depois que a matéria orgânica era decomposta.



Num dos sítios foram encontradas 5 urnas com crianças. numa delas, a criança estava em posição fetal.

Estima-se que o hábito de enterrar os mortos, em urnas cerâmicas, durou pelo menos até 300 anos.

Esta urna, com decoração geométrica pintada no interior, foi encontrada muito fragmentada, ampara os restos de uma criança mumificada naturalmente.

Se observarmos bem, podemos ver os cabelos da criança!


Lasca - Lasca triangular com retoque unifacial nas duas bordas.


As famosas pedras lascadas que estudamos nas aulas de história!!!


Ferramentas feitas com pedras!



Cachimbos de cerâmica decorados com incisões finas.



Adornos!



Os indígenas modelavam suas peças de cerâmica e decoravam com incisões, fazendo marcas com os dedos ou com pinturas.
A cor preferida era o vermelho! 


Este é o bloco cavado, com linhas retas e curvas gravadas com diferentes profundidades, formando uma composição geométrica.









Projétil tipo "Rabo de peixe", com um fino retoque demonstrando um grande domínio na confecção de material lítico (referente a pedra).

É lamentável que as imagens não podem mostras o brilho que essa linda peça tem!
Você precisa ver pessoalmente, parece uma joia! 


Assista a este excelente documentário coordenado pela Representação da UNESCO no Brasil



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Se já conhece o lugar, se deseja conhecer, ou se conhece outro... 



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2 Comentários

  1. Amei esse post. E eu amo viagens a lugares que mostram a natureza como ela realmente é. E eu já anotei esse destino na minha lista de lugares a ir. Até pq nunca é tarde pra desfrutar da criação de Deus!!!
    Por mais post como esse Nel,😍 em amores pelo seu Blog.

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    1. Que bom que gostou +Jade!!!
      Meu objetivo é trazer, cada vez mais, posts assim!
      Muito obrigado pelo apoio! =)

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